quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Você sabe quem é o Leonardo?

Não, não é o cantor sertanejo... ele é, na verdade, um cidadão que, assim como seu Francisco (do post de 3 de outubro), ganha a vida com àquilo que chamamos de lixo! Nós consumimos e jogamos fora, causando diversos problemas ambientais mais do que conhecidos. Mas aí, aparecem essas figuras e transformam o que é lixo, transtorno e afeta tanto o nosso ecossistema, em sustento.




Leonardo tira R$25,00 por dia carregando este carrinho pelas ruas da cidade e muitas vezes arriscando sua vida, já que tem que competir por espaço nas ruas com os carros, que muitas vezes estão apressados demais ou cansados demais do seu exaustivo dia de trabalho, e passam quase por cima desse rapaz (é, não se engane com a aparência, ele é bem mais novo do que aparenta)! Mas ainda assim, com essas dificuldades, Leonardo é catador de lixo há 8 anos em Brasília. Mesmo cansado durante o seu exaustivo trabalho, ele posou pacientemente para minha foto, no meio da rua e debaixo da chuva!





Obrigada Leonardo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

reserva xavante


O povo Xavante há muito vive nas terras do Mato Grosso. Se autodenominam A’UWÊ UPTABI, povo verdadeiro. Antigamente eles tinham hábitos semi-nômades, porém com a redução das áreas de Cerrado eles sentiram a necessidade de se fixar. Na década de 80 o território Xavante foi demarcado com a finalidade de preservar a vegetação e os costumes e tradições dessa população indígena. 



              Essa reserva, denominada de reserva  Xavante do Rio das Mortes, possui 320.000ha e é uma das maiores reservas do país. Nela vivem aproximadamente 13.000 pessoas divididas em mais de 70 aldeias. A reserva Xavante do Rio das Mortes teve o contato mais tardio com o homem branco e é dividida em cinco aldeias: Wede’rã, Tanguro, Caçula, Água Branca e Pimentel Barbosa. A cultura e tradição são transmitidos e preservados por meio da educação tradicional. As aldeias Xavantes estão sempre localizadas próximas de rios e as casas são dispostas em forma de meia-lua. Nelas vivem famílias de aproximadamente 20 pessoas, tendo a porta sempre voltada para o leste. A estrutura das ocas é contruída pelos homens com madeira do cerrado, e a cobertura é feita pelas mulheres com folha de piaçaba.


            Os Xavantes possuem dois clãs complementares: o Öwawê (rio grande) e o Poreza’õno (girino). O filho sempre será do clã do pai e só poderá se casar com uma pessoa do clã complementar. As mulheres da aldeia ocupam-se com trabalhos artesanais (colares de capim-navalha, esteiras de dormir, cestas de buriti), coleta de frutos e raízes do cerrado e roçado. Os homens são responsáveis pela fabricação dos equipamentos utilizados na caça e pelos rituais. A caça é um fator de grande importância, pois é o que garante a alimentação protéica das famílias.



            Segundo o cacique Sipassé (um dos poucos da aldeia que fala o português),  os índios xavantes costumam caçar num raio de 15 km da aldeia. Isto acaba por causar uma grande pressão nestes locais, reduzindo as populações dos animais.  


                                                             Cacique Sipassé 

Além disso, outro fator responsável pela diminuição desta popoulação é a grande extensão de fazendas ao redor das reservas. E por isso (dentre outros motivos) a convivência dos fazendeiros e dos povos indígenas não é muito pacífica.
Diante de tamanha pressão sobre seu ambiente natural, esse povo luta pela preservação e sobrevivência de seu povo e sua cultura. Buscam preservar seus hábitos e transmiti-los para suas crianças.





Cabe a nós encontrarmos o nosso papel diante da importante presença e manutenção da cultura desse povo, que são as nossas raizes.










é tempo de crianças

Esse é o mês que comemoramos e celebramos, com alegria, as nossas crianças... 
São elas, afinal, as responsáveis por nos dar tantos momentos de felicidade. Olhar a vida através dos olhos delas nos ensina a encará-la com mais leveza e simplicidade... 
Então parabéns, a todos os pequeninos!






domingo, 3 de outubro de 2010

em dia de eleição...

... seu Francisco sai às ruas pra trabalhar! Depois de votar, bem cedo, seu Francisco vai atrás do seu ganha pão diário: as latas! 
Ele mostrou estar bem por dentro das eleições e num papo descontraído, me contou que votou na candidata do PV, Marina Silva, assim como a maioria dos eleitores brasilienses (48,41%). E pro governo, escolheu o Toninho do PSOL.




Seu Francisco sobe diariamente em sua bicicleta, que é toda equipada com cestos, lanterna, retrovisor e até um rádio a pilha, para catar latinhas.



Com esse trabalho, além de tirar seu sustento e de sua família, seu Francisco presta um serviço à cidade e ao meio ambiente. Ele chega a recolher 25kg de latas por dia, arrecadando uma média de R$60,00 que somam R$1800,00 no final do mês. Isso tudo, circulando apenas na asa norte (bairro de Brasília) em sua bike totalmente estilizada que conta, inclusive, com uma ilustração atrás...  

 Com muito estilo e bom humor, esse cidadão brasiliense ganha a vida e as ruas diariamente!